Pentest v(enetration test) éum ataque cibernético simulado pensado para descobrir vulnerabilidades em sistemas, redes, aplicativos e dispositivos. Ao contratar um pentest, a empresa paga por um “hacker do bem” , profissionais qualificados em hacking ético , que usa técnicas e ferramentas reais de invasão para identificar falhas antes que os criminosos façam o estrago.
Hacking ético x Pentest — qual a diferença?
Os dois termos aparecem juntos, mas não são a mesma coisa.
Hacking ético é um campo amplo: inclui qualquer uso de habilidades de invasão para melhorar a segurança , análise de malware, avaliações de risco, consultoria etc.
Pentest é uma prática específica dentro desse campo: um ataque simulado com escopo definido e objetivo de demonstrar impacto e exploração de vulnerabilidades.
Por que as empresas fazem pentest?
Existem três motivos principais:
Mais do que um scanner : pentest é mais profundo que uma varredura automática de vulnerabilidades. Quando uma falha é encontrada, o testador tenta explorá-la para mostrar o impacto real.
Recomendação de especialistas : especialistas em segurança veem o pentest como uma medida proativa essencial para identificar riscos reais.
Conformidade regulatória : leis e normas (como GDPR, HIPAA e, em especial para quem processa cartões, PCI-DSS) exigem controles e testes que muitas vezes incluem pentests regulares.
Tipos de pentest
Cada tipo foca em ativos diferentes:
Pentest de aplicações: sites, apps mobile, APIs, serviços na nuvem e IoT. Geralmente começa checando o OWASP Top 10 e também busca falhas específicas do app.
Pentest de rede: pode ser externo (ataque vindo da internet) ou interno (ataque simulando um agente dentro da rede ou credenciais roubadas).
Pentest de hardware: dispositivos endpoints, dispositivos IoT, equipamentos OT; inclui falhas físicas e lógicas.
Pentest de pessoal: testa higiene de segurança do time usando phishing, vishing, smishing e até tentativas de “tailgating” (entrada física indevida).
Como funciona o processo (etapas principais)
Definição de escopo: o que será testado, quando, quais técnicas são permitidas e quanto o time já sabe (caixa-preta, caixa-cinza ou caixa-branca).
Caixa-preta: testador não recebe informações prévias (simula hacker externo).
Caixa-branca: total transparência (código fonte, diagramas, credenciais).
Caixa-cinza: informações parciais.
Reconhecimento: coleta de informações (OSINT, análise de código, varredura de portas etc.).
Descoberta e desenvolvimento de alvos: identificação de pontos exploráveis usando scanners e ferramentas manuais.
Exploração (invasão): execução dos ataques simulados — injeção de SQL, XSS, força bruta, engenharia social, MitM, DDoS, entre outros.
Escalada: movimentação lateral e aumento de privilégios para demonstrar impacto real (encadeamento de vulnerabilidades).
Limpeza e relatório: removem-se rastros e é gerado relatório técnico com achados, evidências e recomendações práticas.
Ferramentas comuns de pentest
Os profissionais usam uma combinação de ferramentas automatizadas e manuais, por exemplo:
Sistemas operacionais especializados: Kali Linux (com Nmap, Wireshark, Metasploit, etc.).
Scanners de portas: Nmap, masscan, ZMap.
Scanners de vulnerabilidades: Nessus, Core Impact, Netsparker.
Verificadores web: Burp Suite, ZAP (OWASP).
Ferramentas de quebra de senha: Hydra, Medusa, Hashcat, John the Ripper.
Analisadores de pacotes: Wireshark, tcpdump.
Frameworks de exploração: Metasploit.
Boas práticas e recomendações rápidas para empresas
Trate pentest como parte do ciclo de vida do desenvolvimento e operação: faça antes de entrar em produção e após mudanças significativas.
Combine varreduras automáticas periódicas com pentests manuais aprofundados — ambos se complementam.
Inclua testes de pessoal e segurança física no escopo, não só código e infraestrutura.
Priorize correções com base no impacto no negócio, não só na severidade técnica.
Documente e acompanhe as ações corretivas: um relatório de pentest sem follow-up vira papel morto.
Pentest não é luxo, é um investimento direto em redução de risco. Simular ataques reais revela não só onde a empresa está vulnerável, mas também como os controles se comportam sob ataque. Para quem leva continuidade de negócio e proteção de dados a sério, pentests regulares, bem planejados e integrados à governança de segurança são essenciais.
